Calahan. O nome dele soa como o de um inglês sexy que você encontra em uma noite fria, só que ele não veio com sotaque, mas com aquele mistério irresistível. Nos conhecemos no app de namoro, claro. Mas ao contrário de Melchiorre, que parecia mais um fantasma que passou pela minha vida, Calahan fez a coisa acontecer de um jeito diferente. Ele não se apressou. Conversa que fluía, piadinhas sem fim e risadas que vinham fáceis. Nos arrastamos por semanas de mensagens como quem testa o limite de uma tensão sexual no ar. Ele era mais velho, mas não o tipo de "velho" que me faz pensar em aposentadoria. Era o tipo de velho que te faz pensar que você está lidando com alguém que já viu a vida acontecer, sabe as palavras certas e a maneira certa de te fazer pensar que tem um futuro de risadas e café. E eu, que já estava exausta de caras imaturos, comecei a imaginar que ele fosse o cara que me faria esquecer aquele outro... mas claro, a vida tem uma maneira engraçada de quebrar expecta...
Um espaço onde o caos do coração é traduzido em palavras tortas e sensíveis, como quem escreve para se entender, mesmo que nunca se entenda por completo. Devaneios são fugas, mas também sua verdade, e seus desvarios, a forma mais crua de ser. Aqui, cada frase pulsa como um eco de suas incertezas, onde as lágrimas se transformam em riso e o amor se esconde na dor. É um lugar onde quem se perde, se encontra, e onde quem já amou demais, se permite amar mais uma vez.