Querido Augusto, Eu sei que essa escolha foi minha. Sei que fui eu quem decidiu seguir por esse caminho. Mas ainda assim, sinto sua falta todos os dias, como se uma parte essencial de mim tivesse sido arrancada sem aviso. Há um vazio dentro de mim que só tem o seu nome. Pedi que apagassem nossas fotos, mas a verdade é que não tive coragem. Nem mesmo de deletar nossas conversas. Até aquelas repletas de farpas e palavras duras, porque, por mais que doessem, eram suas palavras. Às vezes, dou play nos seus áudios só para ouvir sua voz. Leio nossas mensagens antigas, aquelas que você me enviava quando ainda era apaixonado por mim quando sua presença era uma certeza, não uma lembrança. Guardo cada presente que você me deu como se fossem relíquias, como se segurá-los pudesse me trazer você de volta, nem que fosse por um segundo. E eu sei que deveria parar. Sei que deveria seguir em frente. Mas não consigo evitar. Ainda entro no seu perfil, mesmo que apenas para verificar se você atualizou...
Um espaço onde o caos do coração é traduzido em palavras tortas e sensíveis, como quem escreve para se entender, mesmo que nunca se entenda por completo. Devaneios são fugas, mas também sua verdade, e seus desvarios, a forma mais crua de ser. Aqui, cada frase pulsa como um eco de suas incertezas, onde as lágrimas se transformam em riso e o amor se esconde na dor. É um lugar onde quem se perde, se encontra, e onde quem já amou demais, se permite amar mais uma vez.