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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Ficando sóbria de você

Leia ouvindo : From the Dining Table – Harry Styles “Algumas histórias não precisam durar para serem inesquecíveis.” Quatro dias. Quatro malditos dias. Parecem semanas. Meses. Um universo inteiro de silêncio. Quatro dias sem ele, e não — ele não morreu. Quem morreu fui eu. Ou pelo menos, a parte de mim que ainda acreditava que a gente podia dar certo. Nosso ciclo acabou. Sem aviso. Sem glamour. Só aquela sensação sufocante de que o chão abriu e eu fui a única a cair. E o pior? Eu ainda sinto. Sinto falta do jeito que ele me olhava antes de dizer alguma bobagem. Do riso dele — aquele som que tinha o poder de costurar o que a vida rasgava. Agora esse som vive só na minha cabeça, ecoando entre os espaços que ele deixou vazios. As últimas palavras dele? Cortaram mais do que qualquer briga que já tivemos. Foram frias. Cirúrgicas. Como se ele estivesse arrancando com as próprias mãos tudo o que a gente era, e jogando fora sem olhar pra trás. E eu? Eu fiquei com os cacos. Tentando en...

Ela, Horizonte de Contradições - Ella B

Leia ouvindo : Soft Core - The Neighbourhood Ela era barulhenta. E não do jeito incômodo — do tipo que te faz sorrir no meio do silêncio. Era como uma música alta estourando no rádio quando você não espera. Como um trovão no céu claro, que chega sem pedir licença. Ela tinha aquele tipo raro de presença que deixava marcas: risadas que vinham no meio de conversas sérias, o gosto gelado do café em dias escaldantes, uma chuva que caía mesmo com o sol brilhando. Inexplicável. Meio confusa. Totalmente irresistível. Você não a entendia de primeira. Nem de segunda. Ela era o tipo de pessoa que confundia, mas também fascinava. Um musical inteiro — e não desses moderninhos, mas um daqueles que fazem você rir, chorar e se perguntar se não deveria ligar pra sua terapeuta no fim. Ela misturava o caos de um show de rock com o aconchego de uma playlist de MPB. Podia fazer seu coração dançar com um samba ou quebrar com um sertanejo. Uma dualidade ambulante. E, ainda assim, nada nela parecia forçado...

Algo para lembrar : Eu não te perdi em 9 dias.

Eu não te perdi em nove dias. Você não foi embora. Não sei se por falta de oportunidade ou por escolha — mas, por Deus, espero que tenha sido escolha. Eu tinha certeza de que te perderia até o dia 1. Era uma contagem regressiva cruel, um pensamento tão constante que pulsava dentro de mim, a cada segundo, como uma ampulheta invertida. Mas ontem... Ontem você me viu. E naquele instante, tudo mudou. Seus olhos castanhos ainda queimam. Não o tipo de fogo que destrói, mas o que aquece, o que dá vida ao que toca. Era o mesmo olhar de antes, da primeira vez que nossos mundos colidiram. Era o mesmo impacto. Como se o universo tivesse parado para me dizer: não esqueça. E então, à noite, nós nos encontramos. Não foi só carne. Foi alma. Foi cada pedaço do que eu sou buscando se encaixar no que você é. Cada toque, cada movimento era como uma promessa silenciosa de que, por mais que tudo estivesse despedaçado, ainda havia algo ali. Algo que valia a pena salvar. Foi desesperador e arrebatador. Foi c...