Nem todo clique é pra guardar. Alguns são só pra queimar. Leia ouvindo : Take me to church - Hozier Fuder com você no mesmo lugar sempre seria como tirar a mesma foto todos os dias, com o mesmo filtro, a mesma luz, o mesmo cenário. Funciona. É bonito. Mas deixa de ser arte e vira costume. E eu não quero o costume. Quero a surpresa. O imprevisível. O instante antes do clique em que a gente nem sabe se vai dar certo, mas mesmo assim aperta o botão — ou tira a roupa. Fuder em lugares diferentes com você é como testar cada luz de um estúdio bagunçado. Na cama, é luz difusa. Doce. Familiar. Na escada do prédio, é flash estourado — rápido, suado, urgente. No carro, com o banco reclinado e os vidros embaçados, é como fotografar em movimento: tudo pode sair borrado, mas o sentimento fica. No banheiro de um bar qualquer, é ISO alto e adrenalina — arriscado, ruidoso, mas impossível de esquecer. Na praia, no escuro, com areia colando na pele e a respiração atravessada, é como tentar captura...
Um espaço onde o caos do coração é traduzido em palavras tortas e sensíveis, como quem escreve para se entender, mesmo que nunca se entenda por completo. Devaneios são fugas, mas também sua verdade, e seus desvarios, a forma mais crua de ser. Aqui, cada frase pulsa como um eco de suas incertezas, onde as lágrimas se transformam em riso e o amor se esconde na dor. É um lugar onde quem se perde, se encontra, e onde quem já amou demais, se permite amar mais uma vez.